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Cadastro Ambiental Rural: primeiro passo para sustentabilidade
Com o CAR, produtores precisam cumprir uma série de exigência como áreas de proteção e reserva legal
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Juliana Royo
08/06/2010

Muitos ambientalistas criticam o sistema de produção animal brasileiro, principalmente pela questão do desmatamento. Este tema polêmico no meio rural será abordado durante o II Simpósio de Sustentabilidade e Ciência Animal, o Sisca 2010, na Universidade de São Paulo, nos dias 15 e 16 de junho. O superintendente do Instituto Ares, Ocimar Villela, vai dar uma palestra sobre o papel da agroindústria da produção animal na promoção da sustentabilidade e tem uma visão muito otimista do assunto. Segundo Villela, a pecuária brasileira é a mais sustentável do mundo e o caminho para que esta sustentabilidade continue existindo é a aplicação de medidas como o CAR (Cadastro Ambiental Rural) que determina as APPs (Área de Preservação Permanente) de cada propriedade, assim como a Reserva Legal.



— Eu penso que, como a pecuária brasileira está hoje, nós somos a pecuária mais sustentável do mundo porque nem todo país tem a mesma quantidade de floresta, reservas e mesmo APPs conservadas como tem o Brasil. O resto do mundo está em pior situação do que a nossa, nós podemos estar indo para a insustentabilidade, mas se a gente de alguma maneira voltar a recuperar as áreas de APP degradadas e trabalhar com recuperação de Reservas Legais nós vamos continuar sendo a pecuária mais sustentável do mundo — comenta.

Para Villela, o argumento de que a pecuária brasileira é a grande responsável pelo desmatamento no Brasil não é verdadeiro. Ele reconhece que o principal desafio da atividade está ligado à queima e as emissões de gases poluentes, mas diz que os responsáveis por estas medidas não são os produtores convencionais e sim grileiros ou poucos pecuaristas de forma isolada. Para resolver este grande problema a única solução é a maior fiscalização do governo federal, principalmente nas áreas de fronteira.

— O grande problema hoje são as emissões que estão ligadas a pecuária. Nós temos uma região de fronteira muito grande no país que está no Norte, pegando alguns estados como Pará, Mato Grosso, Rondônia e Maranhão. Essa região de fronteira não tem governança, não tem fiscalização, nós temos o próprio Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) dando prioridade para assentamentos nestas regiões. Então, a maioria dos desmatamentos e das emissões atmosféricas através do fogo está acontecendo nesta região, de maneira indiscriminada e sem licença. Mas esse não é o produtor convencional que dá sustentabilidade alimentar para esse país, é um grileiro, um assentamento de Sem Terras nessa região, esse é o grande problema que se tem hoje, mas em uma região de fronteira — critica Villela.

Outra crítica do palestrante é em relação à inflexibilidade da legislação, que para ele tem uma visão muito europeia e exteriorizada e, às vezes, não se adapta às condições e necessidades brasileiras. Ele rebate as críticas de ambientalistas e diz que com o avanço do CAR, a tendência é que a grande parte das propriedades estejam legalizadas e cumprindo a sua parte na questão da responsabilidade ambiental e acredita também que a maioria dos pecuaristas esteja tomando medidas responsáveis e de boa fé.

— Se generaliza demais quando dizem que a pecuária e este sistema produtivo é que está destruindo. Nós temos muitos produtores fazendo muitas coisas boas e bem feitas. Na indústria da carne, 80% do que a gente produz é para consumo interno. Nós temos de 15% a 18% só de exportação de carne. Logicamente nós temos problemas, mas são pontuais e que precisam ser resolvidos. Mas temos uma legislação muito exigente e precisa ser flexibilizada também porque tem uma visão muito europeia e não adaptada às condições do Brasil — ressalta.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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Laine
28/10/2010 11:34:55
gostaria de saber se estendeu o prazo para o CAR...SE J- FOI DEFINIDO UMA NOVA DATA...

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1 comentário

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